domingo, 16 de outubro de 2011

Felicidade


Fiz uma rede comprida pra ele.
Ele veio e contou de suas caçadas,
lembrou a história do macaco prego,
segurou minhas mãos, acochou os dedos,
alisou os meus ombros...
apalpou minha pele, os braços, os joelhos
cantando bem baixinho foi me amolecendo.
No espaço, as fogueiras eram brasas.
Ele me fitava com o olhar de quem tocaia
bicho perigoso.
Cilada de onça.
Afagava, fechava os olhos, abria...
Assim foi a noite toda.
De manhã, ele tirou sua flecha feliz.

FILHO SOUSA, Sinval M. In:  Poesia Clã do Maracá. Porto Alegre: Shan, 2010, p. 13.

2 comentários:

  1. sinval devia fazer um livro so com esses textos ma
    vilhosos.


    beijos e abraços.

    moises.

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  2. Sinval, Parabéns vc nasceu para brilhar.
    ATT. Acadêmica Solitária

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